Na manhã desta sexta-feira (03) centenas de alunos, professores e representantes de sindicatos e movimentos sociais se reuniram no pátio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para traçar estratégias de resistência frente aos constantes ataques do governo às universidades federais de todo o país. Participaram do ato, entre outras entidades, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest), a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUF-PR), O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes –SN), o Diretório Central dos Estudantes da UFPR, o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) o Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes) e a APP- Sindicato.
O ato na UFPR foi motivado pelo anúncio do Ministério da Educação, na terça-feira (30/04), de que todas as universidades federais do país sofrerão corte de 30% em seus orçamentos. A medida foi tomada após a pasta ser alvo de críticas por ter reduzido as verbas destinadas à Universidade de Brasília (UnB), à Universidade Federal Fluminense (UFF) e à Universidade Federal da Bahia (UFBA). A diminuição dos recursos das três instituições tinha sido anunciada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Para a UFPR, o corte representará cerca de R$ 48 milhões a menos no orçamento, o que prejudicará o funcionamento da universidade e pode até gerar a paralisação de suas funções.
Entre as falas de representantes sindicais, de partidos políticos, de estudantes e de professores da UFPR, se destacou a fala do professor Lafaite Neves. “Vamos resistir, já fizemos isto antes, em outras épocas, inclusive durante a Ditadura Militar. Esses ataques que hoje são desferidos contra as universidades públicas são parte de um projeto de governo que visa aniquilar todos os direitos sociais conquistados neste país, e, essa destruição, passa também pela Reforma da Previdência. Mas vamos resistir, por isso convocamos professores, profissionais de educação e estudantes para saírem às ruas em defesa da universidade pública que é um bem de toda a população brasileira”, enfatizou o professor.
O ato definiu, a princípio, três grandes ações de resistência: Uma grande manifestação em defesa da Universidade Federal do Paraná no próximo dia 08/05 em frente ao Prédio Histórico da UFPR na Praça Santos Andrade em Curitiba; uma paralisação geral da educação no dia 15/05 e a adesão e o fortalecimento da Greve Geral que deve acontecer no país em 14 de junho.
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