Fotografia – Marcelo Camargo/Agência Brasil
Nesta terça-feira (20) comemorou-se o Dia Mundial do Refugiado. Na mesma data, o Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra) publicou o relatório “Refúgio em Números 2023”. Ele revela que entre 2011 e 2022, 348.067 imigrantes solicitaram refúgio no país. Ao final do ano de 2022 existiam 65.840 pessoas refugiadas reconhecidas pelo Brasil.
Somente no ano de 2022, 50.355 mil imigrantes solicitaram refúgio no Brasil. Importante destacar que o refúgio é uma das formas de imigração, assim, nem todos os imigrantes têm status de refugiados.
Ao todo, 57,8% das solicitações apreciadas pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) foram registradas nas UFs que compõem a Região Norte do Brasil. O estado de Roraima concentrou o maior volume de solicitações de refúgio em 2022, 41,6%, seguida pela UF Amazonas (11,3%) e pelo Acre (3,3%).
No ano de 2022, verificou-se um acréscimo de 21.248 solicitações se comparado ao ano de 2021, uma variação positiva de cerca de 73,0% em relação ao ano anterior. Trata-se de um dado relevante para a compreensão da dinâmica brasileira do refúgio no contexto de superação do período mais grave da pandemia da Covid-19, o que fica evidente quando comparado ao cenário de estabilidade observado entre os anos de 2020 e 2021.
O levantamento destaca que houve aumento na diversidade de países de origem dos solicitantes de refúgio no Brasil, em 2022. Nesse ano, o Brasil recebeu solicitações de pessoas provenientes de 139 países.
Nacionalidades
As principais nacionalidades de refugiados no Brasil foram de venezuelanos (67%); Cubanos (10,9%) e Angolanos (6,8%). Também se destacam os pedidos de refúgio de bengalis (3,5%) e chineses (3,1%).
No ano de 2022, os homens corresponderam a 54,6% do total de pessoas solicitantes de refúgio, enquanto as mulheres representaram 45,4% desse total. Os homens venezuelanos representaram 64,4% do total de homens solicitantes, enquanto as mulheres venezuelanas corresponderam a 70,2% do total de mulheres solicitantes no ano de 2022.
No ano de 2022, 46,8% das pessoas reconhecidas como refugiadas eram crianças, adolescentes e jovens com até 24 anos de idade. Por outro lado, tanto os homens (35,9%) como as mulheres (31,4%) reconhecidos encontravam-se, de forma mais expressiva, na faixa de idade de 25 a 39 anos.