Coluna La Plume Des Immigrants
Uma multidão de haitianos deixaram seu país em direção à Argentina, Chile e Brasil da América Latina. Fontes na internet falam de 85 mil entre 2014 e 2016, com uma grande maioria de jovens entre 18 e 30 anos. Estes números aumentaram desde então. Um fenômeno que não data de ontem, no entanto. Este povo procura fugir de sua terra natal. No entanto, não é tarefa fácil. Muitos riscos e aborrecimentos abundam neste caminho de aventura.
Não vou perder muito tempo falando sobre coisas que você já deve saber. A imigração não é segredo. Acontece diariamente aos olhos do mundo, especialmente desde o tremor de 12 de janeiro de 2010. Posso dar um passo em direção ao buraco negro somente a título de curiosidade, mas o que gostaria mesmo é descascar a cenoura mais a fundo.
Eu também embarquei na aventura, pouco mais de um mês atrás. Então escolhi o Brasil. Por dois motivos: um, eu tenho dois irmãos e uma irmã que vivem aqui há anos; O outro é o “gigante do sul” e oportunidade de estudar (o que foi muito difícil no meu país) e aqui é palpável graças aos programas governamentais para imigrantes.
Mas, aqui, no entanto, tudo não é tão fabuloso assim. Sob esta capa de ajuda e acolhimento ao imigrante existe uma desumanização grande no tratamento e nas condições de vida dispensadas a nós.
Em torno da questão, ainda hesito em fazer uma escolha entre:
– Injustiça
– Escravidão moderna
– Racismo
Sobre o que é realmente?
A questão permanece aberta. Muitos fatos ainda não foram decifrados para esclarecer as situações. Sob o sol do Brasil, céu aberto, esse grupo de jovens passeando de bicicleta, competindo entre si. Apesar do toque irônico e divertido que envolve a discussão, chegamos ao ponto sério. Muitos imigrantes haitianos que vi se manifestarem sobre a questão não hesitam em colocar um nome para suas aflições diárias: Racismo. É, portanto, o assunto que chama o lábios. “Os brasileiros são racistas”, dizem eles. Resta saber se esta é a abordagem certa para fatos.
Novas bases devem soldar os laços de nossas relações, caso contrário, deixamos de ser pessoas civilizadas
Eles retratam episódios e mostram seus medos aumentar constantemente diante disso, especialmente nas empresas privadas onde trabalham. O estado parece fechar os olhos para os fatos. Muitos haitianos precisaram da ajuda de um advogado ou um sindicato para obter, na justiça, seus direitos trabalhistas e contratuais. No entanto, muitos ainda fecham os olhos ao abuso. Diversos imigrantes sofrem abusos diariamente, mas não se atrevem a falar por medo de ficar sem trabalho. Aqueles que ainda podem gritar, de temperamento, devem levantar a voz. Aqueles que não querem, sofrem em silêncio o que eles chamam de “racismo”.
Mesmo que ainda não estivéssemos fixados no conceito verdadeiro do aspecto da coisa. Um caso respirava: uma mulher que acabara de perder o bebê por causa de abuso, mal-entendido, em seu trabalho. Ela decidiu ficar quieta diante da transgressão de seus direitos. Meu irmão, Carl, deixou sua namorada grávida no mesmo dia no do hospital acometida de “excesso de trabalho”. Ela trabalhava a noite em uma “Pizzaria” e reclamava durante todo o dia, mas não podia deixar o trabalho por nada. Sangrava e tinha dor no estômago quando precisou ser levada ao hospital. O médico ordenou ao menos 15 dias de repouso. E é esse grão de areia que provocou muitos debates entre nós.
– O tempo da escravidão acabou há muito tempo.
– Não podemos aceitar trabalhar como bestas, onde, além disso, somos criados por pessoas que pensam que são velhos “Columbs” (coronéis), onde não podemos levantar a voz.
Aqui anoto algumas das discussões.
Não podemos forçar as pessoas a nos amar se elas não desejam, mas podemos exigir que respeitem a nossa parte da humanidade
Isto é o que está por trás de belas janelas e interfaces de empresas privadas que empregam nossos imigrantes. Alguns haitianos pensam que são menosprezados por causa da cor de sua pele e por isso falam em “racismo”. Para muitos, é pura e simples “injustiça”; para outros, categoria rara, que inclui meu irmão Russel (que trabalha em uma empresa privada há mais de quatro anos e que enfrentou todo tipo de agressão racista e de injustiça) é simplesmente “escravidão moderna”, porque ninguém pode reivindicar que odeia alguém porque a natureza lhe deu uma cor diferente, enquanto que dentro de um mesma família branca, ele está repleto de diferenças. Para ele, é pura loucura! Um doença a evitar, a qualquer custo.
Novas bases devem soldar os laços de nossas relações, caso contrário, deixamos de ser pessoas civilizadas. Eu concordo com o meu irmão Russell: “Não podemos forçar as pessoas a nos amar se elas não desejam, mas podemos exigir que respeitem a nossa parte da humanidade. ”
Por esta razão, os funcionários envolvidos devem considerar o assunto rapidamente, com nós. “Racismo”, “Injustiça” ou “Escravidão Moderna”, é necessário que os imigrantes aproveitem seus direitos e o status normal do homem livre!
Carlile Max Dominique CERILIA
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