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Quase meio milhão de curitibanos receberam Auxílio Emergencial durante a pandemia

Quase 500 mil pessoas receberam o Auxilio Emergencial em Curitiba. Os dados foram levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese). Ao todo, segundo o levantamento, 467.995 pessoas receberam o benefício desde o mês de abril, o que significa quase um quarto da população total de Curitiba (24,0%).

O Auxílio Emergencial, implementado pelo governo federal após pressão dos movimentos sociais e sindicais, começou a ser pago em abril de 2020. Até o mês de agosto os valores disponibilizados eram de R$ 600,00 e de R$ 1.200,00, a depender da condição do beneficiário, valores que foram reduzidos pela metade a partir do mês de setembro, e incluídas regras que limitam e diminuem o número de beneficiário. Em Curitiba, em seu primeiro mês de pagamento, conforme aponta o Dieese, o montante recebido pela população residente na capital foi de R$ 199,8 milhões, sendo que nos meses seguintes os valores pagos oscilaram, apresentando variações expressivas tanto de queda quanto de crescimento. Em agosto, último mês com o pagamento do valor inicial estabelecido pelo governo federal para o benefício (R$ 600,00 e R$ R$ 1.200,00), o montante pago foi de R$ 219,1 milhões, o que representou uma queda de -20,3% em relação ao valor pago em julho (R$ 274,9 milhões), que foi o maior valor encontrado. Em função da redução dos valores a serem pagos aos beneficiários, o montante a ser injetado na economia sofrerá retração expressiva.

No acumulado de abril a agosto, o valor total pago em Curitiba foi de R$ 1,1 bilhão, que resulta em uma média mensal de R$ 219,1 milhões, segundo o Dieese. Considerando o volume pago entre abril e agosto, e a quantidade de beneficiários, o valor médio pago foi de R$ 468,18. O valor repassado para os beneficiários de Curitiba representa 13,9% do total transferido para o estado do Paraná (R$ 7,9 bilhões). O valor despendido pelo governo federal para o auxílio emergencial para a capital até o mês de agosto (R$ 1,1 bilhão), representou 31,1% da massa salarial dos empregos formais (celetistas e estatutários) de Curitiba em 2019 (R$ 3,5 bilhões), portanto, um valor muito expressivo.

CadÚnico

O Dieese também levantou a quantidade de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) é uma importante ferramenta que identifica e também caracteriza as famílias de baixa renda, que são consideradas aquelas que possuem: renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou renda mensal total de até três salários mínimos. Por meio do site do Ministério da Cidadania, o Dieese levantou dados do período de 2012 até agosto de 2020.

Segundo o levantamento, o número de famílias inscritas cresceu 20,26%, passando de 108.756 em dezembro de 2012 para 130.790 em agosto de 2020, por outro lado, o número de pessoas inscritas no mesmo período teve redução -3,82%, de 332.193 para 319.492. Todavia, observasse que a trajetória dos inscritos no CadÚnico apresenta oscilações, chama atenção o aumento expressivo no número de famílias inscritas na comparação do dado atual com dez/2016, com aumento de 18,23%, com acréscimo de 20,1 mil famílias.

Em 2019, ainda conforme o levantamento, houve um aumento significativo dos inscritos em relação a 2018. O número de famílias cresceu 8,64% e de pessoas 4,83%. No mês de agosto de 2020, haviam na capital 130.790 famílias inscritas no CadÚnico, crescimento de 5,28% em relação a agosto de 2019 (124.227), já na comparação com dezembro de 2020 (122.513) o aumento foi de 6,76%. Já em relação ao total de pessoas inscritas.

About José Pires

É Jornalista e editor do Parágrafo 2. Cobre temas ligados à luta indígena; meio ambiente; luta por moradia; realidade de imigrantes; educação; política e cultura. É assessor de imprensa do Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana - SINPES e como freelancer produz conteúdo para outros veículos de jornalismo independente.