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Professores fundam Coletivo de Humanidades em Curitiba

Professores, trabalhadoras e trabalhadores da educação básica, e estudantes de graduação e pós-graduação criaram, em Curitiba, no último final de semana, um Coletivo de Humanidades.

O grupo se organizou no último sábado (04) com o principal objetivo de se engajar na luta em defesa da educação pública e de qualidade. Composto, inicialmente, por pessoas das áreas de filosofia e sociologia o coletivo já conta com apoio de docentes de outras áreas e também professores universitários, além de representantes dos centros acadêmicos das respectivas áreas, bem como representantes sindicais.

A importância da formação desse coletivo é grande e irá compor a luta pelos direito à educação e fazer frente aos constantes ataques que a educação vem sofrendo em vários âmbitos do poder.

Não é novidade que o governo de Bolsonaro nunca teve um projeto concreto para a educação, o que permitiu a aproximação de grupos obscuros não só nesta área, mas em todo seu governo.

Tais grupos se dividem na educação entre os “inquisidores” e os “privatistas”. Abraham Weitraub, que substituiu o lunático Velez Rodriguez, é um condensador destes dois grupos. Se, por um lado, promove uma caça aos professores, por outro, retira investimentos básicos, uma tática de sucateamento a qual o próximo passo é a privatização de setores da educação, em outras palavras, o que sempre foi um direito pode se transformar em mercadoria de certos grupos.

Desde 2016, no governo de Temer, a educação vem sendo alvo de ataques pelo governo e de disputa de grupos privados. Kronton, Estácio e Fundação Lemman são nomes que aparecem por trás das campanhas a favor da funesta reforma do ensino médio e implementação da Base Nacional Curricular do Ensino Médio (BNCC).  

Como se já não bastassem os problemas que os professores enfrentam em âmbito estadual –   no Paraná, com Ratinho Júnior e em São Paulo, com Dória –  problemas como desvalorização profissional, entraves para progressão de carreira e o sucateamento das escolas, o governo federal resolve promover um grande caos na educação em nível nacional. O caos é parte de um projeto entreguista e devastador. Há dois grandes riscos com os quais todos os brasileiros devem ter atenção, o que há por trás dos ataques do governo Bolsonaro à educação? O plano privatista, orquestrado pelo Chicago Boy Paulo Guedes, irmão de Elisabeth Guedes, hoje vice-presidente da Associação Nacional de Universidades Privadas (Anup), um parentesco fatal para o Brasil.

Outro grande perigo é que o ataque se concentra principalmente nas humanidades, tendo como alvos primeiros a filosofia e a sociologia. Ledo engano de quem acha que serão somente essas disciplinas, outras também se encontram severamente ameaçadas. Tal ataque representa, em linhas políticas, uma escalada fascista no Brasil, primeiro a educação, depois a própria liberdade de expressão. Afinal, 1964 nos ensinou que o A.I 5 de 1968 começou a ser construído no mesmo dia do golpe.

O Coletivo espera e conta com a participação de todas e todos, uma vez que esta é uma luta que transcende a filosofia e a sociologia. É uma luta pelo direito inalienável da educação.

Você pode entrar em contato com o Coletivo pelo telefone e whatsapp (41) 99228-0943 – Professor Rafael Pires de Mello. 

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