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Operação policial falsa e ameaça a funkeiras: Tito Barichello coleciona polêmicas, mas nem um PL voltado à segurança

O Deputado Estadual Tito Barichello (União Brasil) virou notícia após realizar uma falsa operação policial para cumprimento de um também falso mandado de prisão em Curitiba. O episódio aconteceu na última quinta-feira (21).

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o deputado com um fuzil nas mãos e vestindo um colete à prova de balas com o símbolo da Polícia Civil. No vídeo, Tito fala que está cumprindo um mandado de prisão. Tathiana Guzella, delegada e esposa dele, também aparece nas imagens com um colete à prova de balas da polícia.

A operação foi falsa porque, em nota, a polícia informou que, por estarem em outras funções, os servidores (Tito e Tathiana) não atuam em nome da Polícia Civil do Paraná e que “nenhuma das operações realizadas era de conhecimento ou possuía a anuência da Polícia Civil”.

Tito é um deputado que aparece de quando em quando na mídia. A última vez tinha sido quando denunciou à Polícia Civil a funkeira curitibana MC Mayara por um vídeo de sexo na Praça do Japão, em Curitiba. Entenda o caso aqui .

Já em maio de 2023, ele apareceu na mídia depois de ameaçar prender (mesmo sendo licenciado da polícia) a cantora MC Pipokinha que faria show na capital. Na ocasião, o parlamentar chamou a funkeira de “prostituta” e disse que estaria presente ao show para averiguar se não “haveriam excessos”.

“Que apresente ela aqui, sem hipocrisia, senhor presidente, em uma casa de prostituição. Que o faça em uma casa de prostituição que é um local apropriado para uma prostituta. Mas não em um local em que estão nossos jovens”, disse na época.

O deputado Tito, entretanto, mesmo sendo delegado e tendo pautado sua campanha na segurança pública, não protocolou nem um projeto de lei voltado à segurança desde que foi eleito.

Ele assinou, como coautor, quatro PLs desde que assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). E nenhum deles é voltado à segurança. Três são ligados ao público evangélico e um ao Detran do Paraná.

Música Cristã Gospel e Dia da Proclamação do Evangelho

Um dos projetos em que Tito assina ao lado de quatro deputados tem como objetivo “reconhecer a Manifestação Cultural da Música Cristã Gospel como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Paraná”.

Outro projeto onde é coautor institui o dia 31 de outubro como o Dia Estadual da Proclamação do Evangelho. E há também um PL que altera a Lei nº 16.929, de 11 de outubro de 2011, que institui o Dia Estadual da Marcha para Jesus.

Já sobre a falsa operação policial, o Deputado Tito Barichello pode responder por quebra de decoro parlamentar. Pelo menos foi isso que a deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT) disse quando ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (25). “Se isso não é quebra de decoro e não é motivo de Corregedoria, o que será dessa Casa?”, afirmou a deputada.

“O comportamento do ‘Batman das Araucárias’ envergonha o parlamento e compromete a moralidade da Casa. A Assembleia e nossa função enquanto deputadas estão sendo desmoralizadas”, ressaltou.

About José Pires

É Jornalista e editor do Parágrafo 2. Cobre temas ligados à luta indígena; meio ambiente; luta por moradia; realidade de imigrantes; educação; política e cultura. É assessor de imprensa do Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana - SINPES e como freelancer produz conteúdo para outros veículos de jornalismo independente.

One comment

  1. Fico aqui pensando com meus botões, será que ele age assim por incompetência, por arrogância ou por oportunismo?

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