Herdeiro direto do vergonhoso Beto Richa, Ratinho Jr. surfa em uma onda que não foi criada por ele. Comemora o crescimento do IDEB no Paraná como se fosse efeito de uma política sua, junto dele, vem o sorridente Renato Féder. A cena seria cômica se não fosse trágica, cômica porque comemoram algo que não fizeram, que é a valorização da educação paranaense, trágica devido à política implantada por ambos, tornando-se patética quando se comemora algo como “IDEB”
Enquanto acena para as câmeras, propõe a militarização das escolas com um investimento de R$ 25 milhões. Militarizar a escola é a maneira de melhorar a educação no estado? Esse belíssimo trabalho que os militares têm feito no resto do país pode nos dar uma pista. O ministério da saúde militarizado tomou a decisão de acabar com a pandemia não divulgando mais seus dados, a maneira clássica da milicada resolver um problema é censurar o problema, provavelmente aprenderam muito com a epidemia de meningite censurada em 1971. Empilhar cadáveres é um exercício que os militares fizeram em toda a história do país e que, agora, o ministério militar da saúde conta com uma montanha de mais de 140 mil brasileiros mortos, famílias destroçadas pela incompetência em verde-oliva. Sem falar das outras áreas militarizadas que, como resultado, as chamas se podem ver de longe e a fumaça já chegou ao sul.
No Paraná, enquanto o IDEB é tirado a ferro e fogo de professores adoentados, o governador e seu Weitraub gourmet fecharam turmas, superlotaram salas de aula, permitiram a demissão, sem qualquer explicação aparente, de centenas de professores contratados e interferem nas eleições para diretoria das escolas, desidratando o pouco de democracia que resta nos pinheirais. Féder, que apesar de parecer somente um paspalhão de condomínio de luxo, tem ideias muito mais semelhantes ao detestável ex-ministro Weitraub do que se pensa. A militarização das escolas é uma tara secreta que vem junto com a já mencionada interferência nas eleições, não bastasse isso, Féder e seu chefe apresentam novamente a mediocridade de seu governo em uma proposta patética de fazer um concurso sem cargo público. A proposta é de uma prova para as vagas de docentes, mas essa prova é para continuar com os precários contratos que existem no ilegal sistema PSS, ou seja, o professor paga a inscrição, faz a prova e, se aprovado, continua no sistema precário, sem carreira, sem assistência, sem direitos e, se não faz a prova, fica sem as aulas que sustentam suas famílias. Esse é o agradecimento da dupla tosca aos docentes que dedicam a vida pela educação. Pelo visto, quer-se fazer aqui o que se faz em Brasília, uma mistura grotesca de neoliberalismo, ditador fanfarrão e cretinice em carne e osso, uma comédia sem graça para uma pequena plateia de verde e amarelo, que zurra em meio aos aplausos e manifestações anti-vacina.