Na manhã desta quarta feira (10), novamente a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) foi ocupada por integrantes do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Litoral Sul, responsável por ações de saúde para mais de 8 mil indígenas em 14 aldeias localizadas nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
A ação é em favor dos trabalhadores do setor de saúde indígena no país, que não recebem salários desde dezembro e entram em greve geral. São longos meses sem salário, estrangulamento imposto pelo Ministério da Saúde que, há poucas semanas, tentava extinguir a Sesai e repassar responsabilidade do atendimento de saúde dos indígenas para municípios e estados.
Diante das manifestações que ocorreram em março, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, se comprometeu a assinar o repasse da verba às empresas conveniadas para fazer o pagamento dos funcionários. Porém, até o momento nada foi feito.
Hoje, às 16h o Procurador Regional do Trabalho receberá os trabalhadores para uma reunião na sede do Ministério Público do Trabalho. A expectativa é que seja firmado algum termo junto ao MP.
Até que se regularize a situação, os cerca de 200 indígenas estão acampados na Sesai em Curitiba e precisam de ajuda com alimentos, produtos de limpeza, cobertores e colchonetes, roupas de frio para adultos e crianças e copos e pratos descartáveis.
As doações podem ser levadas na Sesai que fica na Rua Brasílio Ovidio da Costa, 639. Vila isabel em Curitiba.