Últimas Notícias
Home » ambiental » Mortal Kombat – Tudo o que esperava de um filme sobre um jogo de vídeo game

Mortal Kombat – Tudo o que esperava de um filme sobre um jogo de vídeo game

Por Mário Costa

 

Mortal Kombat estreou nos cinemas americanos e na HBO Max, no dia 23 de abril, a adaptação se tornou a maior estreia da plataforma de streaming. Segundo o Samba TV, o longa registrou 3,8 milhões de exibições nos primeiros cinco dias, superando Godzila vs Kong, que bateu 3,6 milhões.  O filme do Diretor Simom McQuoid, produzido por James Wan (Aquaman e Jogos Mortais), conta a história do lutador de MMA Cole Young que, apesar de ser um grande lutador, apanha para ganhar dinheiro.

O lutador possui a marca do torneio do Mortal Kombat e carrega consigo o sangue de um dos guerreiros mais queridos do jogo. Segredo este que é revelado logo nas primeiras cenas, aliás uma das qualidades do filme é que não se perde em tramas, dramatização, construção de personagem, é sangue (muito sangue), pancadaria e fatality. Tudo que é Mortal Kombat violência gratuita e entretenimento.

A primeira batalha do filme constrói as bases da trama e revela a origem de Cole Young o versus entre Hanzo Hasashi (Hiroyuki Sanada) e Bi-Han (Joe Taslim) antes de assumirem suas personas, respectivamente, Scorpion e Sub-Zero, é fenomenal! Exagero, mas é legal. Vale a pena. Sangue jorrando pela tela, adaga atravessando a cabeça de personagens, família morrendo congelada e personagem indo para o inferno segurando as tripas da barriga, como Nelson Rodrigues diria “a vida como ela é”.  

Quando joguei pela primeira vez Mortal Kombat o formato era em fita do Super Nintendo emprestada do Ricardinho que morava na última rua do bairro, no jogo não bastava você ganhar do oponente durante dois ou três rounds quando dava a “nega”, você podia trucidar o adversário com o fatality queimando, arrancando o coração e a cabeça com a vertebra junto, da até um quentinho no coração.

O jogo também não permitia dar start, pausar, depois que o jogo começava então se o oponente estava levando um coro não tinha como pausar era agonia ou êxtase até o final, não era como Street Fighter quando surrava uns pato Piu, Frajola, Filipe, Castor e Mormo (não este era um bom adversário) pausavam o jogo. Uns vão dizer que estou mentindo, viciado, apelão, o controle estava escorregadio e outras destas desculpas. 

Divagações a parte, continue… 

Em Mortal Kombat, Jax perde o braço numa luta contra Sub-Zero, Sonia mantém preso Kano, Cole foge com a família, depois Liu Kang encontra os lutadores escolhidos da terra no deserto e os leva até o outro mundo onde estão Raiden e Kung Lao, assim desse jeito sem rodeios pá-pum mano. Mas é interessante, porque não se perde na construção de personagens, dramatização, que para um produto derivado de um jogo de luta é desnecessário apresentações e de uma trama muito elaborada, se o que desejamos ver é pancadaria.

Filmes baseados em games se perdem na construção da trama se afastam da história ou da proposta do jogo, veja a franquia Resident Evil são 6 ou 7 filmes, rendeu 1 bilhão nas bilheterias, mas pra mim fã do jogo, acho totalmente descartável, assisti para dizer “sim, é ruim”. Não traz a sensação de medo quando joguei no fim da tarde quase escurecendo, na penumbra do dia, me mijando de medo, em Laguna-SC, não é a mesma coisa.

Aparecem no jogo Shang-Tsung, Goro, Kabal e outros personagens que compõe o enredo e para completar card de batalhas. Fatalitys acontecem aos montes uns mais legais outros poucos criativos, as falas dos personagens aos finais de cada batalha vencida, embora postada e pouco natural, reforça o clima que estamos assistindo um filme sobre um jogo e nessa atmosfera, tudo é permitido. É um jogo então divirta-se está é a proposta.

Mortal Kombat (2021) fez lembrar do mesmo título de 1995, os efeitos especiais são bem melhores, a construção do enredo é, então, é boa, convence. É tudo o que esperava sobre um filme sobre vídeo game. No entanto, o mais importante dessa película foi ser transportado novamente ao mundo dos games, a fita, ao cd, a locadora, 3 dias se pegar o jogo na sexta, a minha juventude junto dos meus amigos. A readaptação do filme de 1995 renovou a esperança dos gamers de ver filmes baseados em jogos com qualidade cinematográfica, bons efeitos especiais, trama, personagens, sem fugir do enredo principal e ainda ter, ao menos,a verossimilhança com o jogo.

 

Fonte

Mortal Kombat Trailer

https://www.youtube.com/watch?v=8Tk8sqXlogM

Imagens

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/image/contentid/policy:1.3048925:1613669092/Mortal-Kombat.jpg?f=16×9&h=720&q=0.8&w=1280&$p$f$h$q$w=3661acc

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fcinepop.com.br%2Fcritica-mortal-kombat-reboot-da-um-game-over-na-diversao-292893%2F&psig=AOvVaw26ngz2JHbPX6wt4M799TNG&ust=1619808973353000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCKCJi6mPpPACFQAAAAAdAAAAABAD

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fcinepop.com.br%2Fmortal-kombat-apos-estreia-nos-eua-reboot-cai-para-55-de-aprovacao-dos-criticos-292707%2F&psig=AOvVaw26ngz2JHbPX6wt4M799TNG&ust=1619808973353000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCKCJi6mPpPACFQAAAAAdAAAAABAQ

About Mario Luiz Costa Junior

Jornalista e Músico, integrante colaborador do Parágrafo 2. Cronista urbano e repórter de cultura e sociedade, tem como referência os textos literários e jornalísticos de Gabriel Garcia Márquez e Nelson Rodrigues, da lírica de Cartola e da confluência de outras artes, como o cinema, no retrato do cotidiano no enfoque da notícia. Acredita que viver é um ato resiliente no caminho de pedra para a luz.