Na noite de 27 de setembro de 2019, policiais da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) da Polícia Militar do Paraná mataram quatro jovens em uma ocorrência no Bairro Hauer, na capital do estado. Eduardo Augusto Damas de 21 anos, Elias Leandro Pires Pinto de 17, Felipe Bueno de Almeida de 16 e Gustavo Bueno de Almeida de apenas 14 anos eram moradores do Parolin e morreram no local onde o carro em que estavam sofreu um acidente e foi abordado. Os policiais alegam legítima defesa. As famílias, a Polícia Civil, um testemunho e o vídeo de uma câmera de segurança, no entanto, contestam essa versão.
Os PMs foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Polícia Civil e podem responder por homicídio qualificado.
Em 11 de maio o Parágrafo 2 publicou uma reportagem contanto a história dos quatro jovens assassinados pela Polícia. Você pode conferir neste link.
Na última semana, entretanto, o Ministério Público se manifestou pela absolvição dos policiais envolvidos na chacina, dizendo que os PMs agiram de acordo com suas atribuições. Esse parecer, além de ignorar uma série de fatos, normaliza ainda mais a brutalidade policial que segue fazendo vítimas em todo o país.
Na tentativa de sensibilizar o juiz Daniel Avelar, da 2ª Vara Privativa do Juri, para que o processo tenha prosseguimento e os policiais envolvidos na chacina sejam devidamente julgados por um júri popular, o movimento Rede Nenhuma Vida a Menos promoverá um ato em frente ao Tribunal do Juri no início da tarde desta quinta-feira (27/05).
Serviço: Ato por memória e justiça
Local: Em frente Prédio do Tribunal do Juri, Praça Nossa Senhora de Salete, s/n°. Centro Cívico.
Data: 27/05/2021
Hora: 13 h
Confira abaixo o vídeo produzido pela Rede Nenhuma Vida a Menos que conta um pouco sobre esse crime: