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Indígenas de Santa Catarina pedem ajuda para famílias afetadas pelo fechamento de Barragem 

O governo de Santa Catarina decidiu fechar, no último dia 07/10, as duas comportas da Barragem Norte de José Boiteux, a maior de contenção de cheias do estado, que está localizada na Terra Indígena Ibirama La Klanõ, no norte catarinense.

A decisão se deu frente às fortes chuvas que atingiram o estado e que colocaram dezenas de municípios em situação de emergência. Em acordo firmado com as lideranças Xokleng, no dia 07/10, representantes do governo de Santa Catarina se comprometeram a garantir condições de acesso, alimentação e água potável aos indígenas atingidos pela inundação consequente do fechamento das comportas.

A água da barragem já atingiu diversas casas na Reserva . Foto: Colaboração

Entretanto, enquanto negociava a abertura da barragem com os indígenas da região, o governo de Jorginho Mello (PL) acionou o Judiciário, que concedeu tutela cautelar para o governo operar a Barragem. O resultado foi a presença de enorme aparato policial no objetivo de fechar a barragem à força, o que resultou em um conflito que deixou vários Xoklengs feridos.

A Barragem Norte foi construída durante o governo militar sobre a Terra Indígena Ibirama La Klanõ com o intuito de conter as enchentes do Rio Itajaí. Apesar de estar em funcionamento há cerca de 30 anos, nunca foi concluída e estava sem fiscalização há 10 anos.

Depois do fechamento da barragem a Terra Indígena registrou vários pontos de alagamento e estradas interditadas. Há também falta de luz e internet em vários pontos da Reserva. Com a cheias, muitas casas foram afetadas, há queda de barreiras por muitos pontos Reserva e o trajeto até a cidade também ficou mais longo devido a cheia do acesso mais rápido.

Indígenas estão acampados perto da barragem como forma de pressionar o governo do estado a cumprir com o que foi acordado no dia 07/10. Foto: Colaboração

Algumas aldeias estão isoladas e isso impossibilita o deslocamento da comunidade para ir à cidade fazer compras, ir à farmácia e buscar atendimento médico.       

Por isso, os indígenas da Aldeia Figueira fazem um apelo para a compra de insumos, remédio e itens necessários para as famílias desabrigadas e afetadas pela cheia.

Eles estão pedindo doações de alimentos, produtos de higiene pessoal, colchões, cobertas e quaisquer itens que possam auxiliar os afetados.

Abaixo seguem contatos para informações de também doações:
Griselda (47) 99115-7316

Anderson: (35) 99834-8396

Chave PIX: anderson20vaipon@gmail.com

About José Pires

É Jornalista e editor do Parágrafo 2. Cobre temas ligados à luta indígena; meio ambiente; luta por moradia; realidade de imigrantes; educação; política e cultura. É assessor de imprensa do Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana - SINPES e como freelancer produz conteúdo para outros veículos de jornalismo independente.

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