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Governo do Paraná cede à pressão do SINEPE e abre escolas no pior momento da pandemia

Coluna Filosofia Di vina 

Na sexta (05), em coletiva de imprensa, o Secretário da saúde Beto Preto e o governador do Paraná, Ratinho Júnior, anunciaram a flexibilização das medidas de segurança biológica contra o Coronavírus. A flexibilização se dá no momento mais crítico e apavorante da pandemia de Covid-19 que assola o mundo, em específico, o Brasil.

No Paraná, o colapso iminente do sistema de saúde já tem uma fila assustadora de mais de 800 pessoas à espera de um leito exclusivo para a doença. Não bastasse o agravamento da superlotação dos hospitais, o Estado ainda enfrenta o contágio da nova cepa do vírus conhecida como P1. Na última semana, 7 em cada 10 casos eram da nova cepa que, segundo o vice-presidente da Fiocruz do Amazonas, Felipe Naveca, é mais preocupante que as da África do Sul e do Reino Unido. A cepa é muito mais transmissível e capaz de produzir uma carga viral muito maior.

Nesse quadro catastrófico, o governo de Ratinho Júnior facilita muito a circulação do novo vírus quando cede às pressões do SINEPE (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná), que impetrou mandado de segurança contra a suspenção das aulas presenciais já em outubro de 2020 e repetiu a dose em março de 2021, com Esther Cristina Pereira, ex-diretora da instituição.

Diante da pressão do mercado, o governador abriu escolas e pode tornar o Paraná, já nas próximas semanas, no epicentro da pandemia no país, que vive uma tragédia no governo genocida de Jair Bolsonaro. O Governo Estadual garante aos seus escolas caras, com toda a segurança possível, mas dá ao povo paranaense um destino cruel de morte e sofrimento para assegurar a acumulação de capital de uns poucos escolhidos.

Somente uma mudança política radical pode evitar que o Paraná se torne uma grande cova a céu aberto. O governo pode assegurar internet e equipamentos para os estudantes, segurança biológica aos trabalhadores da educação, que tanto se sacrificam para a educação do estado, entrega da merenda para os mais carentes, equipamentos para acesso às aulas remotas ou simplesmente alterar o funcionamento do ano letivo, possibilitando o acesso futuro de todos aos conteúdos ministrados. Preservar a vida é uma urgência, garantir os vultosos lucros de uns poucos barões da educação, não!

About Rafael Pires de Mello

Rafael Pires de Mello é formado em filosofia pela UFPR, gosta de inutensílios como cinema,literatura,música e é claro o maior de todos, filosofia. Tem a tendência de chorar com música romântica quando bebe demais.