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Francischini tenta censurar candidato do PSOL

Eleições 2020 

O Francischini “paz e amor” que na TV ataca apenas Rafael Grega (DEM) não é o mesmo longe das câmeras. Pela segunda vez o candidato a prefeito de Curitiba pelo PSL tenta censurar postagens e ações de candidatos e candidatas que lembrem que o hoje postulante à prefeitura foi um dos responsáveis diretos pelo massacre promovido contra os professores do estado do Paraná no fatídico 29 de abril, além de iniciativas que critiquem o presidente Jair Bolsonaro.  

A primeira tentativa de censura de Fernando Francischini aconteceu no início de outubro contra a candidata a vereadora em Ana Júlia Ribeiro (PT). Na ocasião ela informou pelas redes sociais que a chapa do candidato bolsonarista move uma ação judicial por conta de projeções visuais feitas em prédios da cidade, que criticam o presidente Jair Bolsonaro. Uma das intervenções, projetadas em um prédio, trazia o número de mortos por Covid-19 no Brasil e a frase “Fora Bolsonaro”, além do endereço da página da petista no Instagram.

“A ideia inovadora parece ter incomodado os bolsonaristas, seja pela coragem de uma mulher, estudante de 20 anos, ou pelo conteúdo. Ana Júlia ficou conhecida no cenário político depois de discursar na Assembleia Legislativa do Paraná durante as ocupações estudantis de 2016, quando, com 16 anos, já não abaixava a cabeça para os poderosos”, diz nota divulgada pela candidata petista.

A campanha de Francischini demanda da Justiça Eleitoral uma multa de R$ de 10 mil reais para a “líder dos ocupas”.

Agora, o alvo da vez foi o candidato a vereador pelo PSOL Rodrigo Tomazini que divulgou hoje em suas redes sociais uma nota na qual destaca a tentativa de censura por parte de Francischini:

NOTA OFICIAL DA CANDIDATURA DE RODRIGO TOMAZINI A VEREADOR
Ontem (19) fomos surpreendidos com uma notificação da Justiça Eleitoral sobre a existência de representação apresentada contra nossa candidatura.

A coligação PSL, PSDB, SOLIDARIEDADE, PATRIOTAS, DEMOCRACIA CRISTÃ, do candidato a prefeito de Curitiba, Fernando Francischini, quer nos proibir de associar sua imagem à violência promovida contra mais de 20 mil servidores no dia 29 de abril de 2015, em frente à ALEP, quando o mesmo era Secretário Estadual de Segurança Pública.

Eles usaram como argumento a nossa postagem do Dia do(a) Professor(a) ?? https://tinyurl.com/yxbu69yf, dizendo que queremos “denegrir” a sua imagem em ano eleitoral. Um completo absurdo!

É publicamente reconhecido que Francischini (PSL) é um dos responsáveis, junto a Beto Richa (PSDB), pelo Massacre contra educadores, jovens e demais servidores públicos em 2015. Nós lutávamos em defesa dos nossos direitos, mas fomos recebidos com um enorme aparato de repressão – tudo para que o governo conseguisse meter a mão na aposentadoria dos servidores.

Francischini deveria ter pedido perdão publicamente e abandonado a vida política. Mas o candidato do PSL está apostando na tentativa de silenciamento de adversários. Consideramos isso uma forma de intimidação, que está ocorrendo contra diversas pessoas.

Essa insistência autoritária deixa mais nítido ainda que estamos diante de uma grande farsa eleitoral, quando ele se apresenta como alguém que mudou, que quer tratar o servidor público com mais respeito. Nada além de mais uma fake news.

Eles podem tentar, mas não conseguirão apagar esse lamentável episódio da história. Eles podem tentar, mas não calarão nossa voz!”.

About José Pires

É Jornalista e editor do Parágrafo 2. Cobre temas ligados à luta indígena; meio ambiente; luta por moradia; realidade de imigrantes; educação; política e cultura. É assessor de imprensa do Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana - SINPES e como freelancer produz conteúdo para outros veículos de jornalismo independente.