Desde que assumiu a presidência da república o presidente Jair Bolsonaro tem o Twitter como grande canal de divulgação das ações de seu governo. Seu perfil conta hoje com quase 3, 5 milhões de seguidores. Se o número de seguidores cresceu nos dois primeiros meses à frente do país, o número de polêmicas também. A última, e talvez a mais forte até agora, é a relacionada ao “Golden Shower”.
Bolsonaro compartilhou na terça (5) uma cena de bloco de carnaval, em que um homem dança e em determinado momento se abaixa para outro urinar nele. Nesta quarta, o presidente usou seu perfil no Twitter para perguntar sobre a prática sexual e causou ainda mais reações nas redes sociais.
Uma análise do Parágrafo 2 revela que o perfil do presidente, desde 1º de janeiro, é recheado de polêmicas e ataques a críticos, principalmente à imprensa. Entre os temas que dão vida aos tweets estão também previdência, portos, aeroportos, estradas, entre outros.
Entretanto, um tema muito mencionado, que tem até mais tweets que a tragédia em Brumadinho, é a “esquerda”. Já o tema “sexo” esteve presente, entre tweets e retweets, 4 vezes, quase a mesma quantidade do termo “emprego”, usado apenas 7 vezes, lembrando que o país hoje conta com 12 milhões de desempregados.
Nosso levantamento levou em conta os seguintes termos: Esquerda (PT, PSOL, Comunismo); Sexo (Gênero); Brumadinho.
O resultado foi esse:
Emprego: 7 menções, sendo que uma delas era a divulgação de um concurso do Exército Brasileiro.
Sexo: 4 menções, sendo que uma delas era um retweet de um dos filhos.
Brumadinho: A tragédia que vitimou mais de 300 pessoas teve 21 menções.
Esquerda: 38 menções desde 1º de janeiro, sendo muitas delas retweets de seus três filhos.
O levantamento não apurou o conteúdo dos vídeos publicados no twitter de Bolsonaro.