Parágrafo 2

Damares promove “revogaço” de direitos humanos

Via Brasil Real Oficial 

O essencial: Segunda-feira (19) foi o “dia da maldade” de Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em duas portarias, ela acabou com medidas e iniciativas importantes tomadas no ano passado para garantir respeito a direitos humanos e liberdades sexuais e religiosas, em especial por parte de empresas. Em novembro, o governo Temer criou o “Código de Conduta e de Respeito aos Direitos Humanos para Fornecedores de Bens e de Serviços”. Esse código definia 12 pontos que deveriam ser seguidos por empresas fornecedoras de serviços e produtos e por entidades que desenvolvessem parceria com o então Ministério dos Direitos Humanos. Damares derrubou a obrigatoriedade de que esses princípios fossem especificados em editais de licitação e em contratos. Também não será mais necessário que as empresas apresentem relatório, com três meses de antecedência a uma possível renovação de contrato, indicando o nível de implementação desses parâmetros pelas empresas. Seguem alguns pontos que estão previstos no código, que agora viraram letra morta:

A outra medida tomada por Damares foi extinguir colegiados considerados não prioritários pela sua gestão, seguindo caminho que vem sendo adotado por outros ministérios a partir de decreto de Jair Bolsonaro que determinou a revisão da existência desses grupos. Caiu, por exemplo, a “Comissão Permanente da Agenda de Convergência para a proteção integral dos direitos de crianças e adolescentes impactados por obras ou empreendimentos”, que tinha sido criada no mesmo dia da definição do código de conduta a ser seguido pelas empresas. Essa comissão tinha a “finalidade de promover ações integradas de enfrentamento a violações dos direitos de crianças e adolescentes, no contexto de obras e empreendimentos de infraestrutura”. Outro grupo extinto pela ministra foi o “Comitê de Diversidade e Inclusão”, também criado no ano passado. Ele tinha como objetivo “propor e promover ações visando à prevenção e ao enfrentamento de todas as formas de violência” direcionadas, entre outros públicos, contra os princípios da diversidade sexual e da igualdade étnica e racial, e contra a “tolerância religiosa, com especial proteção para os praticantes das tradições de matriz africana”. 

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