Na noite desta terça feira (11) Centrais Sindicais de todo o Paraná se reuniram na Sede da APP-Sindicato em Curitiba para definir as ações da Greve Geral da próxima sexta feira (14). As instituições prometem uma paralisação histórica que deve envolver educação, transporte, fábricas, metalúrgicas, bancos e órgãos públicos.
Dezenas de sindicatos, movimentos sociais e estudantis e também partidos políticos se engajam na luta contra a Reforma da Previdência, em defesa da educação pública, pela manutenção de direitos sociais e pela geração de empregos. A reunião na APP contou com a presença do jornalista e analista político Breno Altman. O colunista do site Brasil 247 destacou que as ações do próximo dia 14, ao contrário do que deve vender a grande mídia, têm tudo para serem históricas. Segundo ele, as matérias do The Intercept sobre as conversas entre o Ministro da Justiça Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, além de outros procuradores envolvidos na Lava Jato, mostram a face parcial e corrompida da operação e devem servir também de combustível para a greve de sexta-feira. “O governo Bolsonaro, cuja principal função é privatizar tudo o que for possível no Brasil, é sustentado por um tripé: O clã-bolsonarista, o militarismo e a Lava Jato. Esse último pilar acaba de ser atingido, uma das pernas foi serrada. Esse é um momento marcante para que oposição e movimentos sociais ganhem força. A greve do dia 14 tem tudo para ser um momento histórico”, disse.
Ações em todo o estado
A Greve do dia 14 de junho deve contar com ações em todo o Paraná, principalmente em Curitiba e Região Metropolitana. Montadoras de veículos, metalúrgicas, fábricas, empresas de ônibus, escolas, universidades públicas e privadas, bancos e órgãos públicos devem ter suas atividades paralisadas de maneira parcial ou completa.
Em Araucária, por exemplo, a Refinaria Presidente Getúlio Vargas ou Refinaria do Paraná (Repar) deve paralisar as atividades. Servidores municipais de vários municípios da Região Metropolitana devem aderir à greve, bem como funcionários de órgãos estaduais e federais.
Participarão da greve, movimentos sociais, sindicatos, centrais e federações que representam diversas categorias. Entre eles estão a APP-Sindicato, Sinpes, Sindipetro, CUT, Nova Central, Andes, APUF, Intersindical, MST, Fetraf, CNTE, Força Sindical, Sismac, Nova Central, ACTB, Sindtest, Sismuc, Sinsep, Sinjutra, Sifar, MST, entre outros.
Programação
Ações devem acontecer em todo o estado desde o início da manhã de sexta-feira. Em Curitiba acontecerá o maior ato e que deve reunir milhares de pessoas.
O ato da capital acontece a partir das 11 h em frente ao Palácio Iguaçu no Centro Cívico. De lá a multidão caminhará até a Praça Santos Andrade onde acontecerá uma aula pública às 14 h. Depois os manifestantes se deslocarão até a Boca Maldita para o encerramento do ato.
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