Na tarde desta terça-feira (10), uma assembleia de professores da Universidade Federal do Paraná aprovou, entre outras ações, indicativo da suspensão do tradicional vestibular da instituição. A indicação ainda precisa passar por outras assembleias e pelo conselho universitário para que o vestibular seja suspenso. A indicação de suspensão se deve ao Projeto de Lei Orçamentária(Loa) de 2020 que inviabiliza financeiramente o funcionamento das Universidades.
Desde o último dia 30 de abril, quando o ministro da Educação Abraham Weintraub declarou que cortaria 30% do orçamento das universidades federais que provocarem “balbúrdia” em seus campi – citando a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) –, o tema da educação superior ocupou lugar de destaque nas discussões políticas no país.
No dia seguinte ao anúncio da sanção a essas universidades, o secretário de Educação Superior da pasta, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, afirmou que o corte de 30% se estenderia “de forma isonômica para todas as universidades.”
O ministro usou chocolates, em transmissão ao vivo feita via Facebook no perfil do presidente Jair Bolsonaro, para explicar que o governo cortará “apenas 3,5% dos valores destinados às universidades federais”. No entanto, para chegar a esse valor, o ministro inclui pagamentos obrigatórios, que, inclusive, não dependem do MEC.
O bloqueio de verbas anunciado pelo MEC representou a perda de R$ 48 milhões para a Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2019. Os cortes começam a prejudicar o funcionamento da Universidade.
Durante a assembléia dos professores também aprovaram:
Greve de dois dias 17/18 ou 24/25 setembro, além de um indicativo de greve por tempo indeterminado contra os cortes no orçamento e contra o Projeto Future-se.