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A arte no capitalismo contemporâneo.

Ye, ou Kanye West, nascido em 8 de junho de 1977 na cidade de Atlanta, conhecido pelos seus trabalhos no ramo artístico, adquiriu maior notoriedade devido às suas obras recentes (Donda e Jesus is King, álbuns musicais, e sua principal contribuição na moda, a Yeezy, parceria do artista com a Adidas).Iniciou sua carreira musical em 1996, mas seu primeiro álbum, The college dropout, só foi divulgado ao público no ano de 2004. Entre esse ano e 2016, lançou mais 7 álbuns que o transformaram em uma grande personalidade musical, sendo os principais “Graduation”, “The life of Pablo” e “My beaultiful dark twisted fantasy”. Entretanto, foi no ano de 2019, com o lançamento de “Jesus is King” que Ye mostrou ao mundo uma das principais influências ao longo de sua carreira: a religião. Com faixas como “Closed on Sunday” e “Jesus is Lord”, mostrou sua grande crença no catolicismo. Em seu recente lançamento, “Donda”, Kanye ainda demonstra sinais religiosos, porém, sua maior inspiração foi sua falecida mãe, usando a repetição da expressão Donda para representar seus últimos batimentos cardíacos.

Após receber inúmeros prêmios Grammys, West assinou com uma das maiores marcas do ramo do streetwear, a Nike. Porém, o vínculo logo terminou, pois Kanye ficou insatisfeito devido a não receber o lucro na venda de suas criações. Em seguida, no ano de 2013, assinou um vínculo com a marca rival, a Adidas, onde criou a Yeezy, nome dado a sua linha de tênis e na sequência linha de roupas. Com o tempo, a Yeezy atingiu um patamar muito alto, fazendo com que os tênis chegassem a preços absurdos para a realidade brasileira, e até mesmo para a realidade dos norte-americanos. Após isso, os tênis da Yeezy se tornaram peças inalcançáveis, fazendo com que algumas pessoas vendessem até mesmo seus pertences para se inserir nesse meio, o produto se torna uma ideia, um ideal a ser alcançado. Kanye então resolveu criar a iniciativa “Yeezy para todos”, que busca fazer com que suas peças alcancem um maior número de pessoas, barateando seus produtos, assim, diminuindo a alienação em sua marca.

Baseado nisso, vemos várias marcas, tais como a Yeezy, tornando-se mais um produto e deixando de ser arte em sua mais pura forma de manifestação. Por isso, quanto maior o desejo e a produção, alguns artistas se veem presos a uma forma banal do capitalismo. Mesmo com isso, vêm usando cada vez mais sua criatividade e percepção para demonstrar ao mundo as participações artísticas e contribuições na história, concluindo que pode sim haver a união: a criatividade do artista e o produto, fazendo com que todos se sintam parte desse todo. Qual seria a saída para a arte em uma sociedade mercadológica? Permanecer no anonimato ou se transformar em um produto substituível e descartável como qualquer outro?

 Texto escrito por:

Giovani dos Santos

Bruno Conrado.

Kristopher Lacerda.

Bryan Alexandre.

Crédito da imagem: UOL.

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About Rafael Pires de Mello

Rafael Pires de Mello é formado em filosofia pela UFPR, gosta de inutensílios como cinema,literatura,música e é claro o maior de todos, filosofia. Tem a tendência de chorar com música romântica quando bebe demais.